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Ciclo Da água
CICLO DA ÁGUA
Todos em ti deixam sua sujeira Mas tu, qual Fênix que renasce das cinzas Voltas renovada, purificada Cristalina a cada novo ciclo de vida Podes ser sólida, líquida ou gasosa, Tua sublimação de sólida a vaporosa É movimento constante, na esfera. Estás nos oceanos, continentes e atmosfera Porém está na evapotranspiração Tua maior afirmação de transmudação Passas à atmosfera pelo efeito do calor A cada ciclo hidrológico repetidor Te condensas em nuvens de vapor Para a milhares de quilômetros dar vigor A plantas, florestas, cardos e roseiras Alimentas rios, mares, oceanos e geleiras Penetras no solo, alimentas as nascentes Cursos d’água em todos continentes Deságuam nos lagos e outros no mar Ou criam aqüíferos singular Ninguém obstrui o teu curso, és poderosa Escoas esbravejando na tarde chuvosa Em direção aos rios, lagos e oceanos És inconstante, levas vida de ciganos Brotas de fissuras nas rochas duras Irrompes de entre nuvens magnéticas Que cospem línguas de fogo para a terra E o fogo apagas, esfrias a guerra Tua força e dom é sobrenatural Mitigas a sede de planta, do animal És o prenúncio da vida renascida O poder o equilíbrio e a medida Força suprema da natureza viva Que de ti nasce e se procria ativa És potência, vigor, força e energia És dilúvio, enchente e calmaria Esperança do agricultor, seiva da vida Fertilidade e abundância de comida Nos organismos, matéria predominante Âncora que a vida leva adiante Nas madrugadas em forma de orvalho Ou então caindo em lentos flocos de neve Qual manta branca na linha do horizonte Cobrindo vegetação, árvores e montes Teu ciclo hidrológico se inicia nos mares Com a evaporação marítima sobes aos ares E os ventos te transportam aos continentes Em ciclos contínuos e permanentes P’ra no caminho subterrâneo te infiltrares Nos poros das formações sedimentares Num processo contínuo e lento Como quando nuvem, ao sabor do vento Crias vendavais, e inundações Transbordas nos rios, lagos e lençóis Só o mar acalma tuas agitações Por vezes encapelas ondas, dimensões O processo de mutação pelo calor Que do globo passas à atmosfera Para renovar com viço e amor A natureza que sempre te espera De teu potencial surgiu a roda d´água, A máquina a vapor, a usina hidrelétrica O caminho fluvial, a caixa d’ água Com participação em toda cibernética São Paulo, 22 de março de 2006 Armando A. C. Garcia Visite meu blog: http://brisadapoesia.blogspot.com E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br |
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