Só !...
Certos dias, sinto-me só
É a natureza da vida,
A eternidade sem dó
Uma saudade atrevida
Pedaço solto de mim
Tal qual, o pior castigo
A certeza de estar só
Mesmo estando contigo
E neste meu sentimento
Irremediavelmente perdido
Só! É um comportamento
De meu viver estremecido
No meu íntimo secreto
Sem túnica, ou vestimenta
Estar só é o pior trajeto
É tempestade violenta
Esgotamento sem fim
Que o coração faz sangrar
Tu, a metade de mim
Eu só! Não sei te achar
Não é um sonho acredita
Nem a esperança vencida
Estou só, sem ser eremita
Como é só. A alma na vida
Só ! É sombra ao por do sol
Que volta na manhã seguinte
Só ! É o cântico do rouxinol
Sou eu, és tu, leitor, ouvinte
Porangaba, 11/03/2012
Armando A. C. Garcia
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