A Varina !
À sombra, duma sombrinha
Para a cútis não queimar
No mercado da sardinha
Que logo iria apregoar
Tendo por lida, a entrega
De sardinha e carapau
A linda e meiga varina
Sobe ladeira e degrau
Da baixada da Ribeira
Vai apregoando seu peixe
Até São Bento e Alegria;
Olhá-la, não há quem deixe
Passa alegre, sorridente
Com tão finura leveza
Até parece pra a gente
Que sua canastra não pesa
Aos olhos leva alegria
A cada hora que passa
Como um toque de magia
Parece um anjo da graça
É livre como a esperança
Num mundo que é todo seu
Misto de mulher e criança
Que o trabalho enalteceu
Fruto de muito labor
A sua lida constante,
Do viço tem o frescor
E o brilho do diamante !
São Paulo, 17/07/2013
Armando A. C. Garcia
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